sexta-feira, 11 de junho de 2010

QUERIDO DIÁRIO


Acho que queria começar a escrever exatamente assim esta crônica. É que na verdade não é uma crônica é só uma coisa que eu quero escrever e contar e ponderar, sem a responsabilidade com o que vão pensar. Então lá vai...

Querido diário...
É véspera do Dia dos Namorados. As comprometidas já escolheram presentes e destino para o 12 de junho. As solteiras correm atrás de uma programação nem tão romântica e, querem meu nome como companhia na balada da véspera. Será que alguém tem a pretensão de conhecer o príncipe encantado horas antes da celebração a dois? Será que assim como as vésperas da virada de ano, ainda sonham em passar a noite abraçadinhas como alguém interessante? Paixão e amor não se transporta, nem atualiza e não é como download  de arquivos, não acontece com a mesma instantaneidade da internet. Outra crença que tenho é que ele não deve estar na balada. Pode estar no transito, no mercado, no Banco, na casa de amigos, em casa ou no trabalho, na balada, provavelmente não esteja e eu também não estarei.Por esta razão, não confirmo meu nome na programação de sexta-feira à noite. Não teria problema algum em passar a noite em casa, vendo filme, lendo, escrevendo, dormindo, mas dessa vez, a programação das festas juninas calhou justo na data, então, é pra lá que eu vou. Esqueçam, não estou “na pista pra negócio”, nem “a caça” ou algo do gênero, vou brincar de ser criança, festa com amigos e família, porcarias por todo o lado para escolher, brincadeiras, quadrilha , tudo que eu adoro e para esquentar do frio, casaco, botas e cachecol. Trio infalível. Li por ai que “Se o Dia é dos Namorados, a noite é dos solteiros”. Que seja como queiram, no meu caso, apenas mais uma noite de sábado qualquer, exceto que restaurantes são programas restritos, em função das filas e que a balada dos desesperados está fora de cogitação, o destino deste Dia dos Namorados é incerto por enquanto, vai que rende até uma crônica.Lembro que no ano anterior fui surpreendida por um convite e acabei indo a uma outra festa junina, muito bem acompanhada por sinal. Pra quem achou que passaria o 12 de junho em casa vendo filme, foi uma excelente pedida e o melhor, sem o compromisso das filas enormes dos shoppings para comprar presente ou de ter que virar uma atriz para passar bem uma noite em que estou péssima.

Paula Tubino