quarta-feira, 13 de outubro de 2010

CONVERSA DESAFINADA

Por  Paula Tubino

Se sintonia bastasse, estava selado o elo, mas a conversa parece não ter fim quando um aborda a temática pelo emocional e outro responde pelo racional. Não se trata de um romantismo exagerado pela vida, é apenas uma forma mais humana de perceber as coisas. Não basta ser especial, tem que querer as mesmas coisas, estar disposto a viver novamente, a se entregar para uma nova história. O emocional não briga com o racional, é complemento e pode ser assertivamente utilizado em sua plenitude, só que de outras formas, como no campo profissional, ou na hora de mandar uma mensagem estúpida, por puro impulso e até nas falas direcionadas a alguém que não merece ouvi-las. O Emocional desorienta sem as doses certas de racionalidade, mas a Racionalidade simplesmente não vive de verdade sem a emoção. É simbiótico e nada excludente, mas enquanto um tentar sobrepor o outro, não há diálogo, não há falas, nem planos, nem encontros. São desencontros ideológicos tomando conta de uma conversa desafinada.