quinta-feira, 5 de maio de 2011

PONTO SEM FIM

Você decide que não quer mais, não suporta o que aconteceu, o fardo é pesado demais. Diga o que quiser, argumente como lhe convir, não há nada que consiga apagar as imagens que "abalaram o Castelo". Conversa concluída. parece que tudo volta ao normal, mas o inconsciente não para e volta a lembrar e argumenta falas, explicações, respostas e não conclui nada. O dia de martírio chega ao fim, com a decisão de que é preciso falar, doa a quem doer. Discurso pronto, frases montadas, roteiro finalizado. Entra no carro e segue pensando sobre todas as mudanças a partir da decisão tomada. Chega, demora a falar, perde os argumentos, as falas, o roteiro da um nó na cabeça e tudo vira apenas algumas palavras soltas. A emoção toma conta da razão e você percebe que não consegue concluir bulhufas de nada e nem dar um ponto final e nem terminar a frase e mesmo sem jeito, querendo finalizar a conversa, suspira e sai um "Então é isso". Espera ter forças para levantar sem que a lagrima corra antes de chegar ao carro, mas de súbito, o abraço não esperado. E a lagrima cai, e não tem mais carro, nem caminho de volta, nem conversa. Volta tudo ao normal após uns carinhos, as promessas de sempre e as frases mais normais do mundo.