sexta-feira, 20 de março de 2009

10 COISAS QUE DESCOBRIMOS SOBRE RELACIONAMENTOS

O FÚTIL QUE É ÚTIL.

Em alguns encontros com as “Lulus”, logicamente que falamos sobre vivencias, experiências, o que deu certo e o que deu errado, compartilhamos razão e sentimento e algumas percepções precisam ser disseminadas urgente, assim nos economizamos de ver mulheres chorando num banheiro de bar. A vida precisa ser simplificada!

Um serviço de utilidade pública às “mulherzinhas” de plantão:

01) Elas podem ficar tranqüilas! Eles compartilham pouquíssimas informações sobre a intimidade, com amigos. Sobre o universo feminino, prefiro me abster dos comentários...


02) Não adianta, eles não gostam de falar quando estão chateados, preocupados ou com raiva (isso simplesmente MATA o universo feminino). Calma, ele acordará bem e se deixá-lo quieto, provavelmente ligará assim que abrir os olhos.


03) Quando ele diz que não quer namorar ou que não está preparado, pode ter certeza, VOCÊ não é a pessoa que ele quer namorar, mas a vizinha pode se tornar a mulher da vida dele em 24 horas!!


04) Uma fossa deve durar no máximo 24 horas, passando disso já virou depressão! Melhor sair, com ou sem rumo, vai que sem querer você resgata seu ex-paixonite e se der sorte, vira refém de um seqüestro nada relâmpago


05) Nada é melhor para superar qualquer relacionamento que entrar em um bar quando está passando um clássico do futebol, tipo: Flamengo e Botafogo


06) Se você falou que não liga mais, simplesmente não ligue!!! E lembre-se existem outros telefones na sua agenda, os resgates são bem vindos e fazem muito bem ao Ego


07) Acorda pra vida, o amor tem limites e isso é um fato. O limite está na quantidade que você se doa, que deve ser inversamente proporcional ao triplo que você recebe e dividido por aquilo que você não tolera


08) O fato é que não existe príncipe encantado, você não é a bela adormecida e está bem grandinha para acreditar em conto de fadas


09) Se ele ainda não ligou, nem insista em acreditar que a mãe esta no hospital, o cachorro morreu, a empregada faltou... Ele simplesmente não quis ligar!


10) Presente só a vista, NUNCA divida no cartão de crédito! Se relação acabar você vai morrer de raiva a cada fatura

* Resultado de muita gente que serve como auto-ajuda para outras, embora não seja minha literatura preferida, vale pelas risadas em construir cada item e ver cada uma de nós em alguns destes. As “Lulus” foram parte desses 10 fúteis-úteis.

DEFINITIVAMENTE A TELEVISÃO NÃO É MINHA MELHOR AMIGA

Pela percepção de que para conviver bem com os outros é preciso estar atualizada, até com aquilo que não se faz necessário, então, me submeto a uma mudança de rotina e como quase todo mundo, menos eu, ligo a televisão e tento me adaptar a ela como companhia. O esforço surge ao observar que é impossível passar mais de oito horas na companhia de amigos sem que sejam citadas as trapalhadas da nona edição do Besteirol Brega Brasileiro (BBB) e para entrar neste universo, que considero fútil/inútil, penso no meu objetivo e quem sabe, até passo a gostar daquilo que hoje ganha minhas horas de leitura, arrumação de armários e até mesmo o simples ócio.

Tento me concentrar e aprender os nomes das pessoas e dar uma chance ao programa, de repente posso até me identificar com as estratégias e o poder de persuasão que a televisão explora para determinar quem serão os eliminados, mas como posso me identificar com um programa que não segue sequer a premissa nome e identidade? Não consigo perceber a semelhança entre o nome e a programação apresentada, muito pelo contrario, me pergunto quem é o Irmão nessa história??

Enfim, está decidido: o show da espetacularização, que ganha às casas brasileiras, tem que ganhar a minha também! Dura aproximadamente 2 minutos e eu já inventei alguma outra coisa para fazer em paralelo. Quem sabe ler o manual do Seguro do carro? Ou organizar umas gavetas? Montar uma nova planilha de gastos? Ou jogar fora os papéis que ficam pela bolsa...Ok! Desisto e vou ao computador relatar o que percebo sobre o fascínio que o Besteirol Brega Brasileiro representa na vida das pessoas, sobre alguns aspectos, estejam eles certos ou não, são apenas minhas observações, nem tão livres de preconceito quanto gostaria.

Repeitável público, o circo começou! Entre palhaços apostos, trapezistas sociais, mágicos da imaginação e malabaristas da estratégia, o fogo cruzado, “na casa mais bisbilhotada do Brasil”, ganha olhares atentos e a cada fala de um dos “atores” (sim, atores de um picadeiro da vida nada real) um suspiro ou uma exclamação, uma indagação e um comentário guardado para ser compartilhado no dia posterior. Enquanto isso, a emissora lucra milhões com merchandising, com as ligações de todo o país, anunciantes e produtos, provenientes deste enlatado americano que deu certo por aqui. Derrota maior se pensar que ainda sai ditando moda, jargões, comportamento e claro, “formando novos apresentadores da televisão Brasileira”. Diga-se de passagem, as premissas do jornalismo passam longe destes profissionais, mas hoje em dia há espaço para todos, até para as saias e decotes.

Tentando entender o porquê de tamanha perda de tempo, faço uma analise da conjuntura atual. Vejamos: população descrente nos governantes, rastros de corrupção por todos os lados e partidos, crise econômica mundial afetando todos os segmentos, taxa de desemprego aumentando, filhas estupradas pelo próprio pai, corrida para entregar o imposto de renda, pessoas se relacionando mais com computadores que com pessoas, um chefe irritante, horas extras sem remuneração, muitas contas, impostos abusivos ao bolso de qualquer empreendedor e fila, muita fila.

E o que isso tem com o BBB?? Em uma conversa antiga, com um sociólogo sobre minhas indagações, conferimos juntos o sucesso do programa ao cenário atual e alternamos algumas possibilidade:
1) As pessoas têm a necessidade de ver algo leve para abstrair o montante de informações que absorvem durante o dia e a quantidade de atrocidade e preocupações.

2) Outra conclusão está na identificação, os mesmos mecanismos utilizados pelas novelas. A emissora apresenta discursos subliminares, intrinsecamente manipulados, as distorções causam certo frisson nas pessoas e o reconhecimento dos sentimentos (raiva, dor, tristeza, saudade..), que muito se aproximam do real, asseguram a elas uma familiaridade. Os telespectadores também exercem sentimentos sobre o que vêem e vibram, se emocionam, comentam, acompanham cada fala como se pertencesse a sua própria vida cada uma das escolhas e como se aqueles fossem seus amigos de infância, até porque a internet assegura uma busca rápida e facilitada sobre qualquer pessoa, disponibilizando até o que deveria ser mantido sob o mais criterioso sigilo.

Enfim, a analise sobre o BBB é tão complexa que foi tese de monografia de uma amiga, em tempos de faculdade, provavelmente será o seu projeto de mestrado também, mas mesmo não poupando esforços, será impossível analisar todos os pontos. Como minha pretensão não é essa e sim compartilhar algumas indagações, concluo que realmente não consigo estar nesta parcela majoritária de telespectadores e sinceramente, vou indo muito bem assim.

Então, quem conviver comigo, verá algumas caretas, quando este for o assunto em pauta e quem sabe algumas contra argumentações, porém, a idéia não é que as pessoas deixem de assistir, mas que analisem aquilo que estão vendo. Não é possível passar a vida toda apenas assimilando.

DECIDIDO - Numa rotina em que falta tempo para praticamente tudo, ando preferindo gastar estes preciosos minutos dedicando-me ao simples ócio, a conversas construtivas, a conviver com pessoas que admiro, escrever sobre aquilo que me incomoda ou emociona, quem sabe uma corrida ouvindo Linkin Park, um filme novo e até descobrir uma banda ou um Gueto recém inaugurado na cidade.

Que cada um faça o que tiver vontade, mas que a critica esteja presente em todos os momentos!