quinta-feira, 15 de julho de 2010

MOMENTOS, FASES, CRISES

Quando se passa da casa dos 20 e poucos para os 20 e muitos algumas coisas mudam. Você percebe que já perdeu um homem maravilhoso por bobagens, que devia ter lido mais durante a faculdade, que namorou pessoas que não tinham nada a ver com você, que se queimou com uma pessoa especial por isso (só se descobre isso beem depois. Descobre que as noites de angustia, em claro, o choro, as paixões fervilhantes, as frases de sempre, as madrugadas conversando no carro, sem a preocupação com os compromissos do outro dia, a saudade que dói... tuuuudo passa e começa a ser muito mais simples e racional. É mocinha, você cresceu, amadureceu – aos trancos e barrancos e ... endureceu... Euuu? Dizem por ai que sim, mas o esforço para mudar esse conceito é grande, tanto com os outros como comigo.
Ahh, então amadurecer é um porre viu?! E porre de vinho vagabundo, que da uma super ressaca no outro dia (coisa de adolescente). Saudade tenho dessa época... Era capaz de me apaixonar ate doer, morria de amores, ai passava e morria de raiva e ai passava e quase morria com tanta balada e assim ia levando.
Poucas coisas me desapontavam, as expectativas eram bem menores e possivelmente atendidas. Foi assim que emendei um namoro no outro. Até o último. O problema mesmo é o ultimo, a gente sempre gosta mais do ultimo. É sempre mais importante, presente e quase-perfeito, não fossem algumas 1.567 coisas que poderia melhorar...Como não melhorou, dançou e como não veio correndo pedir desculpas, fico aqui achando que ele era a ultima coca-cola do deserto.
Lógico que eu nao vou ligar. E também não vou atender. Não na primeira ligação e também não vou amolecer. Não com as frases prontas de sempre. E também não vou aceitar o convite para jantar. Ao menos não numa segunda-feira qualquer...

Por Paula Tubino