terça-feira, 10 de maio de 2011

lição

Amiga você aprendeu a lição? - Diz ela indignada!
Eu?? Não, não aprendi. Lutei pra entrar, relutei o dobro para sair, sangrei por dentro e senti o mais feliz vazio de todos os tempos, o de não ter absolutamente ninguém na lembrança, na cama, no dia, no coração e em canto algum. Vivi o mais surpreendente egocentrismo e tomei a vacina mais potente contra qualquer interferência mundana, tudo em prol da  cura. Curei e comemorei cada segundo só meu. Cativei a indiferença e o mais comovente dó, pena mesmo e a gratidão de terem tirado alguém assim, tão "não meu" de mim.  Disse não ao anterior e segui dizendo por inúmeras vezes.

Ai vem ele, cheio de encanto, graça, gentilezas e sutilezas, nos mínimos detalhes... vem aos poucos, sem pressa, sem sufoco, sem relógio, sem promessas, sem mentiras, sem o estereótipo e aporta ali, na minha vida que antes era tão só minha. E ai eu escuto Marisa Monte e lembro dele e escuto David Guetta e também lembro e não escuto nada e a sua voz vem  e falo nele pra terapeuta e ele liga. Sei la quanto tempo vai durar, se quanto maior a altura maior o tombo, se quero ou se não quero, mas vou deixar a vida se encarregar do desfecho e vou sentir de novo o que de bom tiver que existir....

Novembro de 2010

quinta-feira, 5 de maio de 2011

PONTO SEM FIM

Você decide que não quer mais, não suporta o que aconteceu, o fardo é pesado demais. Diga o que quiser, argumente como lhe convir, não há nada que consiga apagar as imagens que "abalaram o Castelo". Conversa concluída. parece que tudo volta ao normal, mas o inconsciente não para e volta a lembrar e argumenta falas, explicações, respostas e não conclui nada. O dia de martírio chega ao fim, com a decisão de que é preciso falar, doa a quem doer. Discurso pronto, frases montadas, roteiro finalizado. Entra no carro e segue pensando sobre todas as mudanças a partir da decisão tomada. Chega, demora a falar, perde os argumentos, as falas, o roteiro da um nó na cabeça e tudo vira apenas algumas palavras soltas. A emoção toma conta da razão e você percebe que não consegue concluir bulhufas de nada e nem dar um ponto final e nem terminar a frase e mesmo sem jeito, querendo finalizar a conversa, suspira e sai um "Então é isso". Espera ter forças para levantar sem que a lagrima corra antes de chegar ao carro, mas de súbito, o abraço não esperado. E a lagrima cai, e não tem mais carro, nem caminho de volta, nem conversa. Volta tudo ao normal após uns carinhos, as promessas de sempre e as frases mais normais do mundo.