terça-feira, 6 de março de 2012

BILHETE


 Por Paula Tubino
"Pelos abraços, risadas, carinhos e tudo mais que conseguimos fazer juntos. Pelo calendário contado, o coração disparado e por não querer dividir você com ninguém, nem em pensamento. Por ver você feliz ao meu lado, pela cama que surge como o melhor cenário do final de semana.. Porque a balada perdeu a graça e porque sem graça fico quando você vai embora. Porque o sol tem um brilho impar quando você está ao meu lado e todo o calor do mundo vira piada entre coxas, braços, pêlos e beijos. ´E que foi paixão a primeira vista, alimentada por cada reencontro e fala desconcertada. Não deu para controlar. Não sou mais dele, não sou mais tão minha. Sou parte sua, mas não vacila que o sentimento pode mudar". O bilhete ficou em cima da mesa e ela bateu a porta. Era a tradução de alguns momentos, pensamentos soltos consolidados em frases, era verdade, mas com prazo de validade. Era o dia de hoje, mas pode não ser o de amanhã... 
Tempo, tempo, tempo, que faz tudo nascer e morrer... Perecível é o tempo!

BANCO DE RESERVA

Por Paula Tubino O Juiz apita. Começa o jogo. Com toda a expectativa dos patrocinadores e da torcida, o titular entra em campo. O objetivo é não desapontar, apresentar o seu melhor, é o potencial que está em jogo ou os momentos felizes que proporciona ao outro - vulgo torcida - Mais que isso, é a expectativa do outro. Pode justificar como quiser, mas já treinou o suficiente e chega uma hora em que os erros não são aceitáveis , são observados atentamente e, com a reincidência, a troca é feita. No futebol, quando um jogador titular não apresenta o resultado esperado é substituído por um jogador do banco de reservas. Lá está ele, o "plano B", aguardando sua chance, pronto para ser escalado, sagaz por uma oportunidade, por uma brecha para mostrar resultado e ganhar espaço, louco por uma oportunidade. No futebol é assim. Na minha vida também.