sexta-feira, 3 de setembro de 2010

EU ODEIO DIVIDIR A CONTA

Por Paula Tubino

Não se trata de um ato de oportunismo, ou dependência, mas é que dividir a conta é feio mesmo, desencantador e anti-româtico. Prefiro pagar sozinha as vezes, mas dividir e triste!

Não tenho paciência nem pra dividir compras nas faturas do meu cartao e ainda tem gente que depois do jantar pega o celular pra contabilizar até os centavos. Desculpa, mas é que nao vai dar pra eu falar nem meu sobrenome assim. Peço o divórcio antes de descobrir o telefone.

Já que vivemos numa falsa sociedade com direitos iguais e, eu não sou nenhuma coitada, euquebro o galho e pago a próxima. Ou pago essa, mas sem cara de interrogação pro meu lado ta?!

Seja no lugar que for e a quantidade de dígitos que tiver, a hora da conta é constrangedora e nem é pelo valor, mas pelo impasse que fica. Tem gente que nunca divide, outros dividem até os milesimos de centavos e catam moedas, existem os que nunca deixam voce abrir a carteira e os que se ofendem na menor mençao de pegar a bolsa. Tem ainda as que já saem sem bolsa, logicamente sem a menor pretensao de entar no raxa. O pior de todos é aquele que “paga o que consumiu” e sempre esquece que consumiu o dobro.

O que fazer nessa hora também é um grande impasse. É melhor sugerir a divisão cretina ou se fazer de desentendida quando o garcon chega na mesa com a notinha xarope? Tem gente que vai ao banheiro, outras olham para o lado… Em bar é até engraçado de observar as attitudes, normalmente de casais que ainda estão se conhecendo.

Por via das dúvidas e, por não saber qual a melhor forma de me portar neste momento, não sigo regras, vai de acordo com o que percebo, com a situação. Normalmente sugiro dividir. Fazer o que ne?! Mundo moderno é assim, a gente nao sabe se coloca a mao no bolso ou se arruma o cabelo na hora.



PARA FACILITAR – Alguns sistemas já promovem a divisão pelo número de pessoas, mas logicamente que os restaurants mais sofisticados jamasi cometeriam esta gafe. Entre amigos ainda é mais aceitavel que entre casais, mas mesmo assim, faz uma conta rapida de cabeça, pede logo a máquina do visa e liquida com o assunto.

O GUARDADOR DE CALCINHAS

O apartamento era dividido entre dois amigos. Não existiam muitas regras. Namoradas eram bem vindas, conhecidas e desconhecidas também. 3h da manhã, o casal de namorados dormiria por lá e o amigo Manel também. Ao colocar a chave na fechadura ouve-se passos rápidos e percebe-se vultos que fecham a porta de um dos quartos. Nada muito anormal por ali. O amigo resolve dormir pelo sofá mesmo e o casal se retira para o quarto. Na sala o sujeito pegou no sono e foi acordado por um cutucão. Ao virar, uma moça que vestia um longo vermelho, um tanto quanto descabelada e totalmente desconhecida disse: - Levanta ai pra eu pegar a calcinha que está embaixo de você?! A moça vai ao banheiro, veste a peça e bate a porta. Ela estava no quarto ao lado, com o dono da casa, que correu para o quarto ao ouvir o barulho da maçaneta. O guardador de calcinhas checa que não existe nenhuma outra peça por ali e segue seu sono.