quinta-feira, 2 de setembro de 2010

PROFUNDA COMO UM PIRES

Por Paula Tubino


Incrível como tem gente que surge do nada, ganha espaço nas nossas vidas e de repente coloca tudo a perder. É quase que num passe de mágica. Eu já conheço bem esse processo doloroso (de uma semana). O Cara fofo de domingo se transforma no Cara que eu quero atropelar na quarta-feira. Dói pra caramba no primeiro dia, dói menos no segundo, quero matar no terceiro e já esqueci no quarto, mas não no meu quarto.

Não, eu não sou dessas que chora em festa quando escuta uma musica. Engulo com prosseco e também não vou pro banheiro desabafar com a amiga. Acho deprimente essa cena, muito comum nos banheiros femininos da vida. Lugar de chorar é em casa e no máaaaximo por 48 horas, mais que isso é falta de auto estima.

Vai malhar, inscreva-se na próxima corrida, programa de pegar sol no clube, vai sair de lancha com os amigos, reveja sua agenda, de tempo ao tempo... Em 7 dias tudo se resolve e nem precisa da “Mãe Diná”.

O processo é simples: lava a alma no primeiro dia, tenta segurar a onda no segundo e não manda aquela caixinha linda que você ia mandar, lembra que o país é a favor do desarmamento no terceiro e potencializa a raiva na caneleira. Vai pra balada no quarto dia e conclui que, aquele carinha que tava pagando o maior pau há 2 semanas atrás, aquele que você dispensou sem dispensar, ele realmente merece uma chance depois de tanta insistência. No quinto dia é hora de enfiar o pé na jaca e no sexto você já está feliz com a sua vidinha de antes. Rapidamente você conclui que o cara que pagou pau já virou um fofo e o ex fofo virou mais um idiota que saiu da sua vida pra sempre.

É o tal conto da Cinderela invertido. Acontece com todas, todo mundo sobrevive e pode apostar, vai acontecer de novo, tão breve quanto você perceba.