LIVRE, LEVE E LOUCA
Por Paula Tubino
Pouco atenta ao detalhe da
assinatura, foi preciso um “ei, não sei por que, mas lembrei de você quando li
essa frase”.
Livre sim, leve sempre e louca, digamos que cada um tem
pouco, ou tem uma vontade latente de ser ou ter um momento de loucura. Digamos
que tive essa vontade dia desses em que, mesmo brincando, recebi uma proposta
tentadora de perder o juízo e a noção do perigo.
Louca também quando sai da sessão de terapia de casal
virando as costas para aquele cara chato e infeliz que tentava me colocar numa
gaiola com uma bela aliança na mão esquerda, mas me privando do que há de mais
importante, a felicidade.
Assinei meu atestado de loucura quando larguei tudo e passei
28 dias velejando, sem data nem passagem de volta comprada ou quando me
apaixonei por alguém que me fez montar uma mala em 1h e sair sem saber pra
onde.
Deixar a programação livre e leve de sábado para dedicar o
dia inteirinho a trabalho social também é considerado um ato de insanidade para uns. Eu considero um
ato de amor e felicidade.
A louca aqui é adestrada, mantém um equilíbrio socialmente
esperado, vontades veladas e pensa seriamente que insanidade às vezes é
responsável por belos momentos de felicidade. Essa louca que todo mundo tem
dentro de si por vezes ganha meu corpo e meu pensamento e é dona das melhores historias
vivenciada!
Livre, leve e louca é como deve ser a vida. É como quero que
seja a partir de agora!