Por Paula Tubino
Estão nos feeds das redes sociais, em blogs, estampam capas e páginas duplas de revistas, aparecem nos filmes, nas novelas, nos livros e nas fotografias. Os casais mais que apaixonados extrapolam os limites do amor para mostrar o que sentem, não aos seus parceiros, isso é pouco, os exagerados precisam mostrar ao mundo.
Mas será que é sempre assim? Na vida real esses estereótipos serve de referência a uma sociedade frustrada por não viver um amor de novela. Se não tem café na cama, jantar a luz de velas ou "eu te amo" escrito no espelho não serve, não ama o suficiente. A sede de se apaixonar desmedidamente, o amor Romeu e Julieta é o que todos querem, mas o que poucos sabem é que esses momentos são raros, são recortes de uma vida real cheia de discussões por bobagens, de crises e vontade de jogar tudo para o alto, mas claro, o que se vê é um amor louco estampado em outdoor pela cidade.
O amor perfeito não existe. Relacionamentos são construídos por pessoas com valores e manias diferentes que em prol das qualidades do outro e das afinidades lutam diariamente para que a história prossiga, de preferência com brindes em Veneza ou ao por do sol em Punta Cana, seguindo as últimas postagens do casal apaixinado do ano.
Na verdade o cenário pouco importa, o que leva o relacionamento para a frente não é o que o cartão de crédito pode proporcionar e o que o celular pode registrar para posteriormente compartilhar e sim o esforço mútuo para que dê certo, é a vontade de fazer o outro feliz, o companheirismo, a confiança, é querer bem mesmo após uma briga. é dormir na mesma cama mesmo querendo sumir, é saber a hora de ceder. é resiliência acima de tudo.
Relatos sobre uma visão crítica, útil, as vezes fútil e um pouco sarcástica de quem não deixa o mundo passar despercebido. A idéia é repercutir as falas, que de alguma forma me deixam inquieta, sob uma forma irônica, divertida e por que não, até mesmo fútil de um mundo vivenciado com os mais diversos personagens e sob uma visão muito pessoal.
domingo, 5 de abril de 2015
sexta-feira, 3 de abril de 2015
SOLIDAO A DOIS
Por Paula Tubino
É indo ao cinema sozinha num dia qualquer, planejando o destino das férias com uma amiga, vendo o Fantástico na companhia do cachorro, numa sexta-feira em casa entre livros e filmes que eu descobro que estou mais sozinha estando com você que quando estou apenas comigo.
Não o culpo por isso, eu apenas esperava mais e esperar mais é muito para o meu ímpeto de intensidade, para a minha sede de viver uma história incrível e para o tanto que me esforcei em te fazer feliz.
Eu sei, é expectativa! Me perdôo por isso, assim como não me castiguei por tentar que desse certo, por pisar no freio para não invadir seu espaço, por tentar uma, duas, dez, 14 vezes. Me perdôo por ter deixado você entrar, por ter acreditado em ''nós'' e mais ainda, hoje me perdôo por deixar você ir.
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