domingo, 5 de abril de 2015

AMORES EXAGERADOS

Por Paula Tubino

Estão nos feeds das redes sociais, em blogs, estampam capas e páginas duplas de revistas, aparecem nos filmes, nas novelas, nos livros e nas fotografias. Os casais mais que apaixonados extrapolam os limites do amor para mostrar o que sentem, não aos seus parceiros, isso é pouco, os exagerados precisam mostrar ao mundo.

Mas será que é sempre assim? Na vida real esses estereótipos serve de referência a uma sociedade frustrada por não viver um amor de novela. Se não tem café na cama, jantar a luz de velas ou "eu te amo" escrito no espelho não serve, não ama o suficiente. A sede de se apaixonar desmedidamente, o amor Romeu e Julieta é o que todos querem, mas o que poucos sabem é que esses momentos são raros, são recortes de uma vida real cheia de discussões por bobagens,  de crises e vontade de jogar tudo para o alto, mas claro, o que se vê é um amor louco estampado em outdoor pela cidade.

O amor perfeito não existe. Relacionamentos são construídos por pessoas com valores e manias diferentes que em prol das qualidades do outro e das afinidades lutam diariamente para que a história prossiga, de preferência com brindes em Veneza ou ao por do sol em Punta Cana, seguindo as últimas postagens do casal apaixinado do ano.

Na verdade o cenário pouco importa, o que leva o relacionamento para a frente não é o que o cartão de crédito pode proporcionar e o que o celular pode registrar para posteriormente compartilhar e sim o esforço mútuo para que dê certo, é a vontade de fazer o outro feliz, o companheirismo, a confiança, é querer bem mesmo após uma briga. é dormir na mesma cama mesmo querendo sumir, é saber a hora de ceder. é resiliência acima de tudo.

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